Resultado da pesquisa

  • O tromboembolismo arterial (TEA), é uma síndrome caracterizada pela formação de trombos que atingem a corrente sanguínea e podem se depositar nas artérias causando uma série de complicações. As cardiomiopatias que induzem aumento do átrio esquerdo dos gatos, é o fator predisponente à ocorrência da síndrome. O diagnóstico do TEA é feito através dos sinais clínicos e exames complementares, principalmente o ecocardiograma. A terapia antitrombótica é indicada como primeira escolha, mas o prognóstico varia de reservado a ruim. Analgesia é de extrema importância no protocolo terapêutico de pacientes com TEA. A cardiomiopatia restritiva é uma cardiomiopatia importante na clínica de felinos, no qual uma baixa porcentagem de gatos demonstra sinais clínicos anterior ao evento trombótico ou Insuficiência Cardíaca Congestiva. O objetivo deste relato foi descrever a evolução de um caso de tromboembolismo arterial decorrente de cardiomiopatia restritiva não tratada em uma gata de oito anos, castrada, pesando 4,9 kg com cianose de coxins e paralisia bilateral dos membros pélvicos. Após o diagnóstico, foi instituído o protocolo terapêutico com clopidorgel, rivaroxabana, analgesia e tratamento sintomático associado. A paciente respondeu favoravelmente à terapia clínica nos primeiros três dias e, após isso, teve piora clínica, no qual foi realizado eutanásia por questões pessoais da proprietária e prognóstico desfavorável.

    Novembro - v. 16, No. 11, p. 182 (2022)
  • Um gato de dois anos de idade, sem raça definida, foi atendido por manifestar inapetência e apatia. Ao exame físico foram observados taquipneia, febre e sopro cardíaco. O animal apresentava também puliciose intensa e histórico de livre acesso à rua. O exame ecocardiográfico evidenciou espessamento miocárdico no ventrículo esquerdo. A partir de amostra de sangue, foi realizada reação em cadeia da polimerase (PCR) para detecção de Bartonella spp., com resultado positivo. Foi realizado ainda o teste rápido (ELISA) para o vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FELV), sendo ambos negativos. O gato foi tratado por 30 dias com doxiciclina (10 mg/kg, VO, BID), mostrando boa recuperação. Após 1 ano e 4 meses do término do tratamento, um novo ecocardiograma foi realizado e revelou o ventrículo esquerdo com espessura normal, o que sugere que o gato apresentou um espessamento miocárdico transitório (EMT), por provável cardiomiopatia inflamatória, decorrente da infecção pela Bartonella spp. A bartonelose, apesar de ser uma doença pouco investigada na rotina clínica, deve ser levada em consideração no diagnóstico diferencial em gatos jovens com espessamento do miocárdio, principalmente naqueles com sinais clínicos compatíveis.

    Maio - v. 15, No. 05, p. 188 (2021)
  • Na cardiomiopatia dilatada o miocárdio sofre degeneração progressiva, acarretando em falha sistólica. Ocorre dilatação das câmaras cardíacas concomitante à diminuição da espessura das paredes dos ventrículos, o que ocasiona insuficiência das valvas atrioventriculares, redução da contratilidade do coração e o aumento do volume e do diâmetro sistólico final. Em estágios avançados se estabelece a insuficiência cardíaca congestiva, progredindo para congestão pulmonar e efusão pleural e pericárdica. Um felino, sem raça definida, castrado, pesando 4,9 kg, sem histórico conhecido foi atendido em uma clínica veterinária. Encontrava-se alerta, dispneico, com aumento importante de volume abdominal, normotérmico, mucosas normocoradas e com sinais de dor na região abdominal. Ao ultrassom constatou-se líquido intra-abdominal anecogênico e arquitetura vascular hepática dilatada com trajetos preservados. No exame ecodopplercardiográfico havia insuficiência de grau importante na valva tricúspide, discreta efusão no pericárdio sem risco de tamponamento cardíaco e veia cava caudal com importante congestão com ascite cardiogênica e acentuada efusão no espaço pleural. A análise dos líquidos cavitários indicou efusão hemorrágica e transudato modificado. Os exames apontaram quadro de cardiomiopatia dilatada concomitante à insuficiência cardíaca congestiva direita. O relato descreve o tratamento estabelecido, o qual permitiu uma sobrevida de 48 dias após o diagnóstico da patologia. O animal foi arresponsivo à suplementação com taurina.

    Março - v. 15, No. 03, p. 168 (2021)
  • Miosite dos músculos mastigatórios é uma inflamação dos músculos responsáveis pela mastigação dos cães, sendo uma doença idiopática e auto-imune. Pode ocorrer em cães de qualquer raça, havendo uma maior prevalência em cães jovens e de meia-idade. Dentre os sinais clínicos podem ser citados relutância em se alimentar, salivação excessiva, edema dos músculos temporais, dor ao abrir a mandíbula, atrofia dos músculos que compõe a mastigação, dentre outros. A terapêutica constitui o uso de doses imunosupressoras de corticosteróides, fazendo a regressão gradualmente, podendo ser associado com terapia de suporte, como no uso de protetores gástricos. O presente trabalho teve como objetivo o relato de um caso clínico de um canino, do sexo feminino, sem raça definida cujos sinais clínicos apresentados foram edema dos músculos temporais e masseter, prolapso de terceira pálpebra, salivação e trismo. O diagnóstico foi baseado no histórico do paciente, achados no exame físico e resultados dos exames complementares de imagens e laboratoriais. Foi utilizado como tratamento o uso de drogas imunossupressoras, sendo o resultado satisfatório.

    Setembro - v. 11, No. 09, p. 840-946 (2017)

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